Odeio sentir-me assim. Sentir-me mal sem saber porquê, querer afastar-me de pessoas que não têm culpa do meu constante mal estar. Pessoas que, no fundo, só querem o melhor para mim. Odeio sentir que desiludo aqueles que acreditam em mim e que sempre me apoiaram em tudo, aquelas pessoas que eu não queria, de todo, que pensassem em mim como "a miúda que desistiu de um sonho antigo". Mas a verdade é que já não aguento mais. Por mim, prostrava-me perante a vontade que tenho de me encostar a um canto e deixar a vida passar-me ao lado. Mas sei que não é isso o esperado de mim. Sei que tenho de lutar e de voltar a erguer-me, para fazer com que o esforço de certas pessoas não tenha sido em vão. Já basta sentir que não honrei o que muita gente fez por mim. Não vou, agora, voltar a deixar-me cair por monstros que povoam o meu interior e tentam, com toda a força, deitar-me abaixo. Chega de sentir que sou fraca e que não aguento os obstáculos que se interpõem no meu caminho. Porque na ve...
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Hoje a saudade fez-me voltar a escrever. Fez-me voltar com uma vontade renovada. Com uma vontade de lhe dirigir um enorme OBRIGADA! Não há palavras que possam transmitir o agradecimento que lhe devo. Por mais formas que procure para tentar exprimir-me, tudo andará sempre à volta desta palavra. E sabe porquê? Porque apareceu na minha vida no momento mais complicado de sempre e podia simplesmente ter ignorado isso. Mas não o fez. Não, procurou sempre saber o que estava a acontecer e ficou do meu lado. Ficou comigo naqueles que se vieram a revelar os tempos mais difíceis de toda a minha vida, sendo uma espécie de pilar, uma pessoa que, com o passar do tempo, se tornou numa grande amiga. Nunca, em momento algum, me julgou quando em certas ocasiões teve todas as razões do mundo para o fazer. Mas, ao invés, procurou abrir-me os olhos, procurou fazer-me sorrir quando sabia que a minha vontade de o fazer era nula. Digamos que foi o meu anjo da guarda e por isso, hoje, devo-lhe muito. Sem a...
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Parece que após tantos anos, não há mesmo outro rumo a dar à nossa história. Não há forma de eu te perdoar e de tentar dar-te aquela oportunidade que eu sei que tanto desejas. Mas não me posso culpar por isso. Não posso, nem quero. Tu abandonaste-me, fizeste aquilo que nenhuma mãe tem o direito de fazer a um filho. Sabias que eu te amava mais do que a tudo no mundo, mas pelos vistos, isso por si só não era suficiente. O amor que eu te dedicava não era o bastante para te fazer ficar do meu lado. A ti, MÃE! Sabias que eu era, na verdade, louca por ti, mas mesmo assim passaste por cima do meu sentimento com uma facilidade que me parece impressionante. E é por isso. É por isso que hoje não consigo aceitar o teu carinho, que me faz impressão o teu toque, por mais ligeiro que seja. Pode parecer indecente eu dizer isto, mas é verdade. Magoaste-me tanto e de tal forma... Durante tanto tempo... Foram, no fundo, as tuas decisões que nos trouxeram até aqui, embora eu não possa dizer que me sinto...
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Tenho-me sentido estranha. O meu humor oscila a cada minuto e ora estou bem, ora me lembro de algo que deveria já estar esquecido e fico mal outra vez. É insuportável esta fragilidade que sinto, esta necessidade de atenção, de sentir que sou querida por alguém. Continuo, no entanto, demonstrando uma felicidade que já não me lembro de sentir. Sim, porque pensando bem, já não consigo recordar a última vez em que me senti verdadeiramente feliz. Não tem sido, simplesmente, possível. E esta minha vulnerabilidade, o facto de não a conseguir esconder, deixa-me frustrada comigo própria. Nunca fui assim, nunca fui pessoa de não conseguir esconder aquilo que realmente sinto, de deixar transparecer a tristeza naqueles momentos em que ela me invade. Mas talvez esta minha incapacidade para tornar a fechar-me em mim se deva ao facto de ter, por tanto tempo, reprimido as emoções que em mim vagueavam. Não quero, no entanto, que me achem uma pessoa fraca, por admitir que preciso de ajuda para ser feli...
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É péssimo. É horrível perceber o efeito que ainda tens em mim, após tanto tempo de luta da minha parte para te expulsar da minha vida de uma vez por todas. Porque teimas em aparecer-me à frente nos momentos mais inesperados? Porque teimas em insurgir-te nos meus pensamentos a teu bel-prazer? Por vezes sinto-me incapaz de continuar assim, neste estado tão incerto que é o meu. Mas não há nada mais que eu possa fazer para mudar esta já arrastada situação... E por mais que eu pense estar curada de ti, fazes questão de me demonstrar que não é bem assim, que sempre sentirei aquele baque no coração de cada vez que passares por mim, que nunca conseguirei ser totalmente indiferente à tua passagem. E isso deixa-me frustrada. Esta impotência face à situação em que me encontro deixa-me louca de desespero... Só posso dizer que continuarei a lutar, a valorizar outras pessoas que me fizeram um bem que tu nunca foste capaz de trazer à minha vida... Pessoas que me apoiaram quando tu me magoaste como...
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Odeio isto. Odeio sentir-me mal e não compreender o motivo, odeio estar triste e não saber se há algo que o justifique. Talvez haja, talvez não. Mas por mais que me esforce, não consigo perceber-me a mim própria, não encontro razão para as minhas constantes mudanças de humor. Como gostava de me sentir uma pessoa normal, em todas as aceções da palavra. Sinto vontade de chorar, mas não encontro nada suficientemente mau que me ajude a fazê-lo. Ou talvez encontre, mas não quero simplesmente acreditar que é essa a razão que me vai levar a ficar lavada em lágrimas. Sinto que já nem coerente consigo ser, já nem por palavras escritas me consigo exprimir. E é horrível para uma pessoa como eu, que sempre admirou o dom da escrita e da palavra, sentir que já nem naquilo que dantes costumava ser razoavelmente boa encontro escapatória. Já nem este meu refúgio me protege, me ajuda a deitar cá para fora tudo aquilo que vai dentro de mim. E é horrível. Esta impotência e esta perceção do meu falhanço...
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Há já algum tempo que não escrevia com vontade, com aquela verdadeira ânsia de aqui depositar os meus desabafos. Hoje torno a fazê-lo. Não com a já normal sensação de vazio, de tristeza, que me acompanha em alguns momentos, mas com o desejo de escrever algo de positivo. Como há já muito tempo não faço. Se calhar, porque não tem havido nada assim tão positivo quanto isso na minha vida. Mas hoje houve. Hoje tive a coragem de não deixar escapar por entre os dedos uma oportunidade que podia não voltar a ter. E apesar de não ser nada de extrema importância aquilo que tinha de fazer, eu sentia-o como tal. Sentia que era uma questão que não podia esperar, que eu não podia deixar passar. E, no final, todos os minutos passados a pensar "vou, não vou", foram grandemente recompensados. Receber um abraço e ouvir as palavras que me foram dirigidas trouxeram-me aos olhos as lágrimas que já estou habituada a conter. Mas foram lágrimas de felicidade, lágrimas que não verti e que, consequent...
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Já comecei a escrever e já apaguei tudo. Simplesmente porque, neste momento, a minha cabeça é percorrida por um milhão de pensamentos, por uma imensidão de coisas que não deveriam estar a ocorrer-me, mas que pairam no ar de qualquer maneira. Esta minha sensação de inutilidade, de tristeza com um nada que me atormenta dia após dia... tudo isto me faz achar cada vez mais que estou louca. E se calhar estou mesmo. Paro de escrever e poiso a cabeça na mesa. Para quê? Para nada. Mas faço-o. E este simples gesto demonstra o cansaço interior que já sinto e que há anos me acompanha. É chegado o momento em que se começa a notar a minha falta de força para acarretar determinadas coisas. Mas, como sempre disse, não sou forte. Talvez por isso me admire com a resistência que tenho a certos assuntos, a certas etapas da vida que são emocionalmente esgotantes e tantas vezes difíceis de suportar. Só a minha ânsia de continuar me faz afastar do pensamento a ideia de desistir, que por tantas vezes me par...
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Fizeste ontem sete meses. É verdade. Sete meses e ainda não vi uma única imagem tua, uma fotografia que me mostrasse como és, se és parecida com o pai, se tens algum traço que nos aproxime fisicamente... Não sei como és. Mas sei que mesmo assim me pertences, de uma maneira muito forte. Sei, para além da tua idade, o teu nome. E nada mais. Sei também que existes, mas apenas posso imaginar-te. Não sei se te verei alguma vez na vida. Afinal de contas, temos um oceano a separar-nos, temos meio mundo entre nós. E isso era uma coisa que eu queria muito: ver-te. Gostava de saber tanto sobre ti, sobre os teus pequenos e tão longos sete meses, sobre este tempo da tua existência. Gostava de saber qual é a cor dos teus olhos. Castanhos, provavelmente, não é? É a cor dos olhos do pai, e acho que da tua mãe também. Estou aqui a pensar agora que és tão pequenina... Não poderás nunca imaginar que tens alguém no outro lado do mundo a pensar em ti, a escrever sobre ti... Muito menos alguém que te ama...