Acho que finalmente percebi porque não consegui mais estar completamente bem. Ou porque não o tenho conseguido nestes últimos tempos.
Há muito que digo que não quero mais saber de ti, que não me faz diferença a tua ausênica. Mas a verdade é que agora que me dispus a parar para pensar, percebi que tudo aquilo que tenho dito e feito se deve ao simples facto de ter saudades tuas. Não há como negar que não fui mais a mesma, desde que se deu a tua saída da minha vida. Não posso dizer que me tenha, alguma vez, sentido verdadeiramente feliz após esse marcante acontecimento. Mas a verdade é que nada do que eu possa fazer vai alguma vez deixar-te minimanente contente comigo. E como ainda hoje me disseram, o tempo cura tudo. O problema é que, pelos vistos, sete meses não foi tempo suficiente para que as recordações que hoje tenho se esbatessem. Porque acho que não me importava que isso acontecesse, sinceramente.
Mas só espero não ter de aguentar muito mais tempo as lembranças que me remetem para tempos passados, para uma dor omissa, que se manifesta de tempos a tempos, quando menos espero.
E esta dor já não é tão forte como era, é certo. Nem voltará a ser. Mas há, inegavelmente, uma pequena ponta de mágoa quando penso em tudo. Não posso, nem vou, negar a tua existência.
Tu existes. Existes no teu mundo, já exististe no meu. Quem sabe se um dia a tua existência não tornará a fazer sentido, algures entre a minha imaginação e a realidade em que vivo dia após dia? Quem sabe?
Pois é... É impossível dizer que já não mexes comigo.
Tenho saudades tuas. Mesmo.

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