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A mostrar mensagens de março, 2012
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Afundei-me. De vez. Não sei como emergir do frenético balançar destas irrequietas ondas. Não consigo, por mais que tente, voltar à superfície e soltar aquela revigorante golfada de ar que me trará de volta toda a esperança de que agora tão desesperadamente necessito. Falta-me a força que ainda há pouco tinha... ou julgava ter. Força e coragem, se pensar bem. Só que não vejo motivo suficiente para voltar a suar, a esforçar-me... não vejo nada que me motive a nadar contra o esmagador peso desta água que agora me afoga. Tenho os pulmões em brasa devido ao esforço que, apesar de tudo, ainda faço mesmo sem querer. São as últimas réstias de algo indefinido que me puxa para cima, que faz com que as minhas forças ganhem um novo fôlego. É milagre que após tantas provações, a vontade de avançar ainda não tenha ido totalmente embora. Não sei como nem porquê. Se calhar, desistir não faz parte de mim. Talvez tudo se fique pelo quase . Quem sabe a minha vida não se resuma nessa mesma palavra? ...
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Acho que finalmente percebi porque não consegui mais estar completamente bem. Ou porque não o tenho conseguido nestes últimos tempos. Há muito que digo que não quero mais saber de ti, que não me faz diferença a tua ausênica. Mas a verdade é que agora que me dispus a parar para pensar, percebi que tudo aquilo que tenho dito e feito se deve ao simples facto de ter saudades tuas. Não há como negar que não fui mais a mesma, desde que se deu a tua saída da minha vida. Não posso dizer que me tenha, alguma vez, sentido verdadeiramente feliz após esse marcante acontecimento. Mas a verdade é que nada do que eu possa fazer vai alguma vez deixar-te minimanente contente comigo. E como ainda hoje me disseram, o tempo cura tudo. O problema é que, pelos vistos, sete meses não foi tempo suficiente para que as recordações que hoje tenho se esbatessem. Porque acho que não me importava que isso acontecesse, sinceramente. Mas só espero não ter de aguentar muito mais tempo as lembranças que me re...
Apetece-me escrever, mas não me ocorre nada que possa exprimir claramente a confusão que vai em mim. Não estou feliz, mas também não estou a chorar de infelicidade. Talvez esteja num patamar algures entre a felicidade e a tristeza, numa posição precária, oscilando perigosamente. Sinto-me constantemente perdida, vagueando por caminhos que não são provavelmente os mais correctos. Caminhos estes onde a minha mente deixou de ter uma clara noção das coisas. Por incrível que pareça, todo este desvario se deve a um acontecimento que teve lugar há pouco mais de seis meses. Nunca mais fui a mesma desde que fui "obrigada" a afastar-me definitivamente daquela que era a pessoa mais importante para mim. E agora sei que toda a dor que me tem acompanhado não vai desaparecer nunca. Com o filme O Carteiro de Pablo Neruda, vi um pouco da minha dor retratada em Mario Ruoppolo. Ver o abandono a que ele se prestou fez-me relembrar todos os meses da minha vida que passei assim... Desolada, perdi...