"Às vezes é preciso afastarmo-nos das pessoas que amamos, mas isso não quer dizer que deixamos de gostar delas. Por vezes gostamos ainda mais."
Marlon Lopes
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É Natal. Por mais que eu diga que me estou nas tintas para aquilo que um dia representaste na minha vida, a verdade é que adorava ter notícias tuas amanhã. Uma mensagem, um e-mail... Algo que me mostrasse que, apesar de tudo, ainda há uma réstia de... não sei de quê. A verdade é que vai ser o primeiro Natal que vai ficar marcado pela tua "ausência". Não que tenhas estado presente em algum, mas eu sabia que te tinha na minha vida, que ia poder dar-te o meu presente, como já cheguei a fazer. Mas este ano vai ser diferente. Não vou poder ver-te depois das festas, como acontecia, não vou poder ouvir-te agradecer aquilo que sempre te dava, não vou ter oportunidade de observar-te a sorrir enquanto esperas que abra o teu presente... Não vou poder fazer nada. Este ano, nenhuma festa terá a mesma piada. E pergunto-me se haverá, alguma vez, algum acontecimento que me faça feliz, que me faça sorrir verdadeiramente e esquecer que tu não estás nem estarás mais presente. Passaram 5 meses ...
Filha. Minha filha. Como magoa chamar-te e não obter resposta. Como dói lançar o teu nome ao vento e nada mais ouvir do que apenas silêncio. É excruciante esta dor que me consome. A dor de saber que tu pensas que eu não te amo. Mas eu amo-te. Mais do que alguma vez julguei possível uma pessoa amar outra. És parte de mim e, por mais que hoje não queiras ouvir esta explicação, não te deixei por vontade própria. Deixei-te porque a vida a isso me obrigou. Chorei. E choro. Choro como naquela última noite em que te olhei até adormeceres, choro como naquela noite que eu sabia ser a última da vida que eu até então conhecia. Choro como chorei no dia em que soube que ia perder a minha menina para sempre. Porque eu sabia que te ia perder. Sei que não vais voltar a chamar-me durante a noite, quando acordares sobressaltada por eu ter ido para o meu quarto. Sim, porque tu não adormecias sem mim, lembras-te? Ficavas a apertar-me a mão com aqueles teus dedinhos pequeninos como que para te certificar...
Acabou. Chegaram ao fim os dias de sofrimento. Estou cansada de ficar parada, presa a um passado que não mais voltará. Hoje é o dia em que me decido a olhar em frente, a perspectivar o meu futuro com uma renovada vontade de o viver. Chega de temer o amanhã, chega de relembrar e sofrer com o ontem. Só o hoje importa... Há que viver um dia de cada vez, tendo como única preocupação a felicidade de quem nos trouxe de volta ao corpo que um dia nos pertenceu. Não vou permitir que as pessoas de quem mais gosto se afastem de mim, devido a um problema que ficou longe, perdido no tempo... Problema esse que criou raízes em mim e me impediu de ver, durante muito tempo, para além daquilo que eu estava a sofrer. Mas hoje levei um abanão. Um abanão que me trouxe de volta à realidade. Tornei a encarar o mundo, a pensar na hipótese de esperar para viver. Parei de pensar no quão mau pode ser o dia de amanhã. Descobri, finalmente, que o erro está em mim e não nos outros. O que pode haver de melhor do qu...
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