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A mostrar mensagens de julho, 2013
Odeio isto. Odeio sentir-me mal e não compreender o motivo, odeio estar triste e não saber se há algo que o justifique. Talvez haja, talvez não. Mas por mais que me esforce, não consigo perceber-me a mim própria, não encontro razão para as minhas constantes mudanças de humor. Como gostava de me sentir uma pessoa normal, em todas as aceções da palavra. Sinto vontade de chorar, mas não encontro nada suficientemente mau que me ajude a fazê-lo. Ou talvez encontre, mas não quero simplesmente acreditar que é essa a razão que me vai levar a ficar lavada em lágrimas. Sinto que já nem coerente consigo ser, já nem por palavras escritas me consigo exprimir. E é horrível para uma pessoa como eu, que sempre admirou o dom da escrita e da palavra, sentir que já nem naquilo que dantes costumava ser razoavelmente boa encontro escapatória. Já nem este meu refúgio me protege, me ajuda a deitar cá para fora tudo aquilo que vai dentro de mim. E é horrível. Esta impotência e esta perceção do meu falhanço...
Há já algum tempo que não escrevia com vontade, com aquela verdadeira ânsia de aqui depositar os meus desabafos. Hoje torno a fazê-lo. Não com a já normal sensação de vazio, de tristeza, que me acompanha em alguns momentos, mas com o desejo de escrever algo de positivo. Como há já muito tempo não faço. Se calhar, porque não tem havido nada assim tão positivo quanto isso na minha vida. Mas hoje houve. Hoje tive a coragem de não deixar escapar por entre os dedos uma oportunidade que podia não voltar a ter. E apesar de não ser nada de extrema importância aquilo que tinha de fazer, eu sentia-o como tal. Sentia que era uma questão que não podia esperar, que eu não podia deixar passar. E, no final, todos os minutos passados a pensar "vou, não vou", foram grandemente recompensados. Receber um abraço e ouvir as palavras que me foram dirigidas trouxeram-me aos olhos as lágrimas que já estou habituada a conter. Mas foram lágrimas de felicidade, lágrimas que não verti e que, consequent...