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A mostrar mensagens de maio, 2012
E por mais que eu tenha sido forte um dia, hoje já não mais o sou. Sei admiti-lo, apesar de me custar saber que com o tempo fui perdendo toda aquela energia verdadeira que tinha, todo aquele puro gosto de viver. Agora perdi tudo isso. Perdi a vontade de estar aqui. Nesta casa, neste mundo. Perdi a vontade que ainda há pouco me tinha assaltado e que me fazia lutar contra tudo dia após dia. Mas agora fartei-me. Fartei-me definitivamente de criar ilusões, de me achar capaz de algo que, em momentos de lucidez, sei perfeitamente que não sou capaz de fazer. Esse algo, hoje, é uma coisa muito simples. Continuar a viver nesta casa, sob este ambiente que não faz bem a ninguém. E não quero que aquilo que de melhor tenho no mundo passe pelo mesmo que eu passei, ao assistir a cenas de violência. Não quero ver o futuro deles afectado por algo em que eles não deviam estar metidos. Os meus putos não deviam ver, não deviam ouvir nada daquilo que se passa à volta deles. Porque são muito pequeninos! São...
Claro que isto ia acabar por acontecer. Afinal de contas, parece que não descanso enquanto não afasto de mim todas aquelas pessoas que me fazem bem e a quem acabo, quer queira quer não, por me apegar. Mas que raio se passará com a minha cabeça? O que estará errado? Que pergunta mais estúpida. Toda eu sou um erro, um problema constante. Ambulante, melhor dizendo. Queria voltar atrás. Sim, não é possível e depois? O impossível nunca foi motivo suficiente para que eu deixasse de querer algo. Lá está o meu erro a falar novamente. É melhor parar por aqui. Vou tentar, simplesmente, atenuar a gravidade daquilo que fiz. Não sei como, mas vou fazê-lo...