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A mostrar mensagens de dezembro, 2011
É Natal. Por mais que eu diga que me estou nas tintas para aquilo que um dia representaste na minha vida, a verdade é que adorava ter notícias tuas amanhã. Uma mensagem, um e-mail... Algo que me mostrasse que, apesar de tudo, ainda há uma réstia de... não sei de quê. A verdade é que vai ser o primeiro Natal que vai ficar marcado pela tua "ausência". Não que tenhas estado presente em algum, mas eu sabia que te tinha na minha vida, que ia poder dar-te o meu presente, como já cheguei a fazer. Mas este ano vai ser diferente. Não vou poder ver-te depois das festas, como acontecia, não vou poder ouvir-te agradecer aquilo que sempre te dava, não vou ter oportunidade de observar-te a sorrir enquanto esperas que abra o teu presente... Não vou poder fazer nada. Este ano, nenhuma festa terá a mesma piada. E pergunto-me se haverá, alguma vez, algum acontecimento que me faça feliz, que me faça sorrir verdadeiramente e esquecer que tu não estás nem estarás mais presente. Passaram 5 meses ...
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Mentia, se dissesse que já não costumo lembrar-me de nada.

Mãe

Lembro-me de ser menina e de sonhar. Sonhar que íamos ficar juntas até ao fim, independentemente do que pudesse acontecer. Por um motivo muito simples: eu amava-te. Amava-te como julgava que nenhum filho era capaz de amar uma mãe. Tu eras minha e eu era tua. Isso bastava. Era tão bom adormecer com a tua mão agarrada à minha, para ter a certeza de que não ias mudar de cama a meio da noite, que não me ias deixar a dormir sozinha. Sabias perfeitamente que eras tudo para mim. Mas mesmo assim, não hesitaste em deixar-me. E porquê? É algo que até hoje ainda não percebi... Não consigo entender porque me entregaste sabendo que eu não conseguia estar sem ti, que precisava de te ver todos os dias para estar bem. Nada me dava mais gozo do que chegar a casa e saber que íamos estar só as duas. Eu e a minha mãe. A mãe que eu idolatrava e por quem dava tudo, aos 9 anos... O problema é que decidiste acabar com tudo de um momento para o outro. Decidiste abandonar-me e isso provocou um sofrimento inexp...
Só me apercebi da importância que tem a minha vida depois de tantas vezes ter pensado em pôr-lhe um fim...
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Se há mais ou menos dois meses te visse na rua, o meu mundo desabava, a saudade regressava e eu continuava a acreditar que tudo ia voltar à normalidade. Mas a partir do momento em que percebi que não valia a pena continuar a sofrer daquela maneira, resolvi erguer um muro, construir a minha própria barreira de segurança. Barreira esta onde tu nunca me poderás alcançar. Porquê? Sinceramente não sei ao certo, mas tenho a certeza que jamais te daria permissão para te reaproximares de mim, esteja eu para lá do muro ou não... A única certeza que tenho é que agora me consigo proteger de ti, consigo passar ao lado das lembranças e seguir em frente, rindo-me na cara delas e mostrando-lhes como não têm mais importância. Porque EU CONSEGUI tirar-te de mim. Foi uma dor dilacerante, é certo, mas valeu a pena, pois esta sensação de liberdade é a melhor coisa do mundo. Hoje só me arrependo de ter dado tanta importância a uma pessoa que me desiludiu como tu desiludiste. Mas é com os erros que ...