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A mostrar mensagens de julho, 2011

(R)

"Há pessoas muito importantes na nossa vida. Não nos lembramos bem como é que elas apareceram e, muitas vezes, nem sequer sabemos porque saíram, mas apesar de tudo é impossivel esquecê-las e esquecer muitos momentos pelos quais passamos. No entanto, em determinada altura, precisamos de nos convencer de que essas pessoas pertencem ao nosso passado e não podem influenciar o nosso presente e muito menos condicionar o nosso futuro. Esta é a teoria. Mas e a prática? É assim tão simples atirar as pessoas para trás das costas? Não, a prática é bem mais complexa. Afinal, como fazer para que uma pessoa importante para nós não influencie a nossa vida? Como lembrar alguém, sem o procurar em todas as pessoas que conhecemos? Como seguir em frente quando acreditamos que deixamos a felicidade para trás? Podemos resumir todas aquelas pessoas que marcaram a nossa vida a simples recordações?"                  ...

Avô...

Não estou acostumada a escrever-te, talvez por isso não saiba muito bem por onde começar. Só sei que quero que o  meu primeiro texto fale de ti. Posso dar início a isto dizendo que não quero que vás embora. Não quero que me deixes, não quero que partas para um mundo distante. Quero que fiques perto de mim, onde te encontro todos os dias. Hoje sei que aquilo que te digo e faço está, muitas vezes, errado. Pelos vistos, foi preciso chegar até aqui para perceber o quão importante és para mim. Só agora percebo que me fazes falta. Como sei que não consigo estar sem ti, peço-te que lutes contra tudo com muita força. Eu estarei cá para te ajudar e não pretendo deixar-te desistir. Até porque nunca conseguirei olhar para trás e resumir tudo a simples recordações. Quero continuar a ouvir-te rir, resmungar... Sei que um dia mais tarde irei ter saudades dos teus sermões. E quando esse dia chegar, o arrependimento causado pelo facto de já te ter tratado mal vai ser ainda maior do que aquele...