O tempo passa. Passa demasiado rápido e tudo muda de um instante para o outro. Quando paramos e nos dispomos a olhar para trás, percebemos que perdemos demasiado tempo a tentar compreender o que podemos ter feito de errado, a questionar a razão da nossa existência. Percebemos como um qualquer erro pode mudar o rumo da nossa vida, por mais ínfimo e insignificante que seja, como pode condicionar as nossas escolhas...
Eu errei. Não propositadamente, mas errei. E a consequência desse erro foi perder aquilo que algum dia mais valorizei, aquilo que mais amei... O que mais magoa é talvez o facto de saber que não há nada que possa trazer de volta um passado que parece agora tão remoto, tão distante, que parece até ter sido irreal, devido à felicidade que um dia trouxe. Quando esta mágoa, causada pela impotência, se apodera de nós, tudo o que nos rodeia perde um bocado do seu sentido. Tudo deixa de ser claro, como era até então. Aquilo que tomávamos como certo é questionado, tudo passa a girar à volta da perda sofrida, da nossa dor. Preferimos sonhar e pensar que um dia tudo voltará a ser como já foi. A ilusão é a única escapatória possível ao sofrimento, à dura realidade com que temos de nos deparar. Talvez seja por isso mesmo que tenho vivido num mundo que já não é o meu. Nesse mundo, o tempo não passa e tu ainda estás presente. Ainda me é possível ver-te e falar-te.
Só tenho medo de uma coisa: tenho medo que o tempo decida começar a passar. Nesse momento, saberei que te vou perder. Novamente.
Eu errei. Não propositadamente, mas errei. E a consequência desse erro foi perder aquilo que algum dia mais valorizei, aquilo que mais amei... O que mais magoa é talvez o facto de saber que não há nada que possa trazer de volta um passado que parece agora tão remoto, tão distante, que parece até ter sido irreal, devido à felicidade que um dia trouxe. Quando esta mágoa, causada pela impotência, se apodera de nós, tudo o que nos rodeia perde um bocado do seu sentido. Tudo deixa de ser claro, como era até então. Aquilo que tomávamos como certo é questionado, tudo passa a girar à volta da perda sofrida, da nossa dor. Preferimos sonhar e pensar que um dia tudo voltará a ser como já foi. A ilusão é a única escapatória possível ao sofrimento, à dura realidade com que temos de nos deparar. Talvez seja por isso mesmo que tenho vivido num mundo que já não é o meu. Nesse mundo, o tempo não passa e tu ainda estás presente. Ainda me é possível ver-te e falar-te.
Só tenho medo de uma coisa: tenho medo que o tempo decida começar a passar. Nesse momento, saberei que te vou perder. Novamente.
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